Friday, May 05, 2006

Lisboa






Lá vinha eu empacotada no pássaro de ferro, aos abanões em pleno ar acima do Atlântico e a Grade Maçã a ficar-me longe das costas...cada vez mais longe! Irra! O pratinho de galinha despedaçada no arroz, e o tiramisú horrendo em versão plástic coma depressa antes que se arrependa, entalados entre a barriga e as costas da cadeira da frente, quando em menos de um fósforo Lisboa estava à vista!
Nascia o sol, as luzinhas brilhavam ainda cá por baixo... Lisboa acordava em manhã de feriado... bonita, romântica... hummmm Eis senão quando o passarão aterra de tal forma aos zigs e aos zags que o romantismo ficou no chinelo e a cidade chegou-me como se tivesse levado uma marretada na cabeça! Ora bolas! Será preciso tanto estardalhaço para aterrar um avião?! E só um passageiro bateu palmas.. eu nem me atrevo imaginar pelo que o degraçado já terá passado para expressar tamanha alegria com uma aterragem tão desengonçada!
E Lisboa linda estava ali já, à minha espera.... não! Não estava nada! Primeiro ainda há o autocarro do avião até ao aeroporto INTERNACIONAL de Lisboa... Aquele maravilhoso autocarro que leva tanto tempo que nos faz sentir que o aeroporto é na Reboleira e a bagagem apanha-se na Portela! Ah!!! Finalmente Lisboa!!! Não?! Mau!! Estão a gozar comigo? Quer dizer... que não haja passadeira vermelha eu ainda entendo! Mas uma fila de trezentos passageiros é dose... eu disse trezentos? Enganei-me! Chegou um vôo de Toronto e um do Rio e um de... Arre que é demais! Vá, que sejam uns 1200 passageiros.. coisa pouca... Lisboa à espera e não é que o guichet só abre às sete da manhã?! NÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOO!!!! Mas são cinco e quarenta e cinco da manhã!!!!! E Lisboa à espera! Raios!
Primeiro de Maio de dois mil e seis, século XXI, aeroporto INTERNACIONAL de Lisboa recebe vôos de longo curso por volta das cinco e meia, seis horas da manhã... mas os senhores que nos vêem o passaporte só chegam às sete. É de mim ou está aqui alguma coisa que não funciona?
Já agora.... importam-se ao menos de tirar da pista as malas que caem dos carros? É que o autocarro já é suficientemente mau sem ter que fazer gincana à volta delas... e convenhamos, eu odeio rodas de autocarro marcadas nas minhas cuecas!
Mas eu gosto de Lisboa!
Acenos da Varanda Central,
Viscondessa da Porcalhota

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Olé!!! Já sentia falta das suas deliciosas dentadinhas nos calcanhares dos pequenos... Vá lá, afie os dentinhos e dê-nos mais ares da sua graça!!!
E agora me vou para o pátio, varrer, e já que estou com a mão na massa,
Vassouradas meiguinhas

9:44 AM  
Anonymous Anonymous said...

Vossa senhoria me desculpe,mas o anonymous sou eu. Lá falhou alguma coisa...

9:50 AM  

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