Friday, September 16, 2005

América! América!!

Darlings da minha vida, se eu fosse a Maria Antonieta antes da cabeça rolar, acho que hoje de manhã me tinha enforcado no meu próprio cabelo!!!!!
Fui à embaixada americana e adorei!!!
Primeiro passei pelos uniformes negros de olho azul e G3 em riste...eu ainda pensei largar um piropo, que os miúdos eram giraços, mas uma pessoa vê aquele cano de plástico arremessado e até encolhe a generosidade piropiana! Depois é o belo securita em versão beige e amarela, mais baixotes e menos encorpados, mas com o dobro da má disposição! Tudo isto no out side, que o aparato começa na rua! No aquário da entrada está o master peixão mal disposto que faz sinal para esperar à porta...e foi então que percebi que tinha que ficar de pé, à espera, ao abrigo do escape que passa de Sete Rios ao Campo Grande, sem saber se aquele bocadinho de chão é a minha terra ou a deles ou é terra de João Ninguém! Preferi pensar que estava no Purgatório entre o Céu e o Inferno, mas sem barca, que ali não há estacionamento...e nem me perguntem para que lado é o Céu e o Inferno, que num limbo destes venha o Diabo e escolha!
Finalmente vem um segurança mais trombudo que os elefantinis do jardim da frente e pede o BI, que apalpa bem e vira e revira...está à espera de quê?? De uma Kalashnikov por baixo do plastificado??? E só depois de muito mirar é que me convidou a entrar, tirando a malinha dos meus parcos haveres do meu ombrinho. Ora, a malinha de uma senhora já é complicada só por si, é uma espécie de Harrods com francas hipóteses de um armazém de armamento nuclear lá dentro e por isso o senhor despejou-a! E aí sim ele arregalou os olhinhos e contorceu a carita de mauzão de boneco animado com comando à distância e deu sinais de ser humano! Eu até já estava a apreciar a tecnologia, a pensar que eram rôbots com carnadura, mas o homem colapsou quando viu o interior da minha bolsita! Os miúdos pensavam que já tinham visto tudo...tadinhos! No decorrer da busca por alguma porca com pintos o pobre soldadinho de chumbo agarrado ao pistolão deu de caras com o meu spray nasal!! Palavra de honra que ando entupida, mas quem precisa de uma boa sprayadela são estas marmitas douradas que nos obrigam a fazer estas figuras...então não é que me obrigaram a pôr aquilo no nariz???? Duas almas a olharem para mim enquanto eu punha uma dose matinal extra nas fossas?!?!?!?!? Deviam pensar que eu ía arrombar os States com vick!! É que eu nem tenho mais nada que fazer nem em que pensar! Pelo menos desentupi! Ainda pensei em partilhar, mas não era de bom tom fazê-lo sem um bocadinho de álcool para desinfectar a cânula..e isso por acaso eu nem tinha na mala! Mas não pensem que o disparate fica por aqui, porque para além de me quererem desmontar chave do carro, que é gorducha e pode levar dentro um campo minado, encontraram um pequeno condom que por lá andava e aí é que foi de rolar. O rapaz da passadeira rolante pré RX aos haveres dos tarados que somos todos nós, olhou, apalpou bem a borrachita hermeticamente fechada no quadradinho prateado e perguntou...isto é um preservativo? Bom, eu aí já não dava para mais! Quer dizer, uma pessoa aguenta, mas tanto é impossível!!! Então o que havia de ser???? É que nem a minha imaginação tem mais alcance. Mas depois pensei em bolsinhas cerelac, ou em cozido à portuguesa liofilizado...podia ser perfeitamente uma coisa assim! Onde é que eu tenho a cabeça!? Tive que dizer ao metralhadora rolante que se quisesse podia abrir, porque eu ainda não tinha aberto e por isso, apesar de o ter como tal, não sabia se poderia ter lá dentro qualquer outra coisa que não um preservativo. Depois até tive pena do miúdo! Tadinho..ele devia ter uns trinta anos à vontade e não sabia o que era um preservativo. Condói! Eu agora é que percebi que aquela gente está com a carnadura de tal maneira automatizada, com aquela ervilha cerebral de tal maneira formatada em lata de quarto de litro que até em casa devem revistar as suas próprias coisas e não fazem mais nada! Nós aqui a pensarmos qual seria o problema da América, porque é que de uma maneira geral são arrogantes e mal educados e a coisa é tão simples.... era só informá-los o que é e para que serve um preservativo que até as metralhadoras iam sorrir!
Mas deixem que vos diga, que estou aqui com uma respiração nasal que até manda ventarolas!!
Acenos da Varanda Central,
Viscondessa da Porcalhota

Tuesday, September 13, 2005

Eu não passaria a noite naquela casa...

...nem que dormisse com uma metrelhadora!! - Ora!! Isto foi o que eu ouvi um senhor dizer sobre uma casa vitoriana onde apareceram dois crânios maravilhosos todos rachados à machadada!!
Nesta época é que era bom! A senhora dona raínha era só por si uma arma cortante...diz que até era mãe do jacktão ripador de tripas!
São maravilhosos estes assassínos que nunca foram descobertos e que deixam os objectos por aí e depois vem um museu e guarda e logo de seguida o canal história monta um programita com uma história macabra só para nos dizer onde pára o machado que rebentou com a cabeça aos dois desgraçados, que por acaso eram pais de uma rapariga, mas como as armas brancas não eram armas de mulheres a rapariga nunca foi suspeita...Eu só queria que vissem o olhar dela!! Qualquer psicopata de bairro fugiria a sete pés, com medo que ela tirasse a serra eléctrica do bolso a qualquer momento! Mas como era uma senhora...foi substimada! E rachou a cabeça aos paizinhos!! Ai ai ai minha machadinha!! Pira-te!!
E não é que a rapariga ainda foi a uma festa da polícia rachar lenha com um machadão das dúzias, acabando por deixar os fardadinhos de cara à banda?!
É o que vos digo!! Nada de substimar estas lolitas de olhar penetrante... é que pode ser mesmo um olhar à matadora!!
Eu falo por mim, que às vezes só me apetece é abater tudo à catanada!!
Não! Comigo não!!
Acenos da Varanda Central
Viscondessa da Porcalhota

Sunday, September 11, 2005

Aos Amigos!!!

Lembram-se daqueles dias?! Quais?? Aqueles!! Aqueles todos em que estivemos juntos. Aquele dia em que comemos trouxas de ovos quentes na praia, em que fizemos a três o teste de matemática, em que passeámos um pastor alemão, em que corremos às sete da manhã na estrada do matadouro, em que ensaiámos no túnel, em que lemos os Lusíadas do fundo da sala, em que estivemos na morgue de espelho na mão, em que andámos de bicicleta, em que fizemos cannovagio, em que vimos o castelo de S. Jorge pela janela do telhado na Praça da Figueira, em que cantámos na sala de aula antes da primeira hora da manhã, em que fizemos festas de garagem, em que passámos o ano na praia, em que fomos a um funeral, em que viajámos juntos, em que fomos ao Pavilhão Chinês, em que subimos ao Castelo em Praga, em que fizémos teatro juntos, em que conduzimos o carro pela primeira vez, em que atirámos bilhetes pela janela, em que abrimos a janela ao som do motor daquele carro, em que fizemos carne de porco à alentejana à uma da manhã, em que viajámos numa carrinha de mudanças, em que o lagarto morreu e o coelho anão também, em que nos apaixonámos, em que rimos até às lágrimas, em que fomos expulsos da aula de biologia, em que nos escondemos no armário, em que partimos o candeeiro com a almofada, em que pedimos uma cocacoela, em que vimos uma chuva de estrelas, em que dormimos na tenda no parque de campismo, em que fingimos não ter voz, em que comemos arroz de atum, em que viajámos de carro pelo país inteiro, em que fizemos rir os outros, em que fomos ao chat, em que falámos todos os dias ao telefone, em que chorámos, em que fomos apanhados a escrever nas paredes, em que nos embebedámos, em que fomos às montanhas de autocarro, em que ficámos no camarim de madrugada, em que fizemos guerra de gelo, em que ouvimos tango nos ensaios, em que bebemos um dedo de martini à tarde, em que não arranjámos lugar para o carro, em que ouvimos harpa no piso de baixo, em que corremos ao som de Police, em que comemos gelados na Marivel, em que inventámos um plano para fugir do teatro, em que conhecemos um camaleão num bar, em que lavámos roupa à mão um domingo inteiro, em que ganhámos no casino, em que filmámos a Rússia de Tchecov numas traseiras de Lisboa, em fomos todos à praia, em que perdemos um amor, em que vimos tudo aos riscos, em que nos vimos partir, em que nos vimos chegar, em que ficámos sem gasolina na autoestrada, em que mudámos de casa, em que nos irritámos uns com os outros, em que dormimos em frente à lareira, em que a hospedeira de terra embirrou com a bagagem, em que passámos a noite na maternidade, em que vimos as árvores crescer, em que mergulhámos de noite, em que fomos à Lua, em que nos cruzámos no céu, em que nos rimos no cinema, em que ficámos fechados no parque, em que comemos pizza no Panteão, em que fizemos personagens na rua, em que quase nos viamos, em que fez frio, em que nos encontrámos no virtual, em que falámos toda a noite, em que ficámos sózinhos, em que fotografámos o eclipse, em que chegámos atrasados, em que vimos o furacão, em que bebemos demais antes do meio dia, em que pusemos laxante no chá, em que dissemos adeus aos miúdos, em que fizemos lavagem os ouvidos, em que tivemos saudades, em que, em que, em que, em que.... em que nos vimos pela primeira vez!
Isto é para os meus amigos, por todos estes dias e todos os outros em que.....
Acenos da Varanda Central
Viscondessa da Porcalhota

Thursday, September 08, 2005

Isto é que é ironia, irra...

...Irra que até são duas!!! Ou eram! Que agora o Master Sócrates já deu ao bícepe e BUM!!!
Eu não podia deixar de vir aqui para me lamentar!! Não é que com tudo isto a Viscondessa perdeu o óculo, o binóculo e até a memória e não viu a bela da implosão?!!! Isto é que é de rir! E agora que são quatro horas da matina espero que algum canal me dê notícias implosivas e nada!! Já nem se pode confiar na exploração sensacionalista da comunicação social! Digo e repito, irra que até são duas!!
Acenos da Varanda Central
Viscondessa da Porcalhota

Wednesday, September 07, 2005

A implosão pelo canudo!!



Helloooooooo!!! Hoje é dia de implosão!! Já têm os vossos canudos duplos??? Cuidado com o rasgão vítreo e o endoidecimento da córnea!

Nada que chegue a um bom espectáculo de fim de verão. Eu já apontei o óculo para Tróia, mas continuo às cegas..nem torres nem cavalo, nem épicos digitalizados! Será que é defeito da Porcalhota ou será do meu óculo? E eu que nunca tinha percebido que a implosão poderia ser um acontecimento nacional... Estou maluca! Doida!! Estou em ânsias para ver dois edifícios a estoirar para dentro! Que pena que eu tenho que algumas pessoas não rebentem para dentro também.. é que é tão mais chique!!

Imagine-se a dinheirama que se gastou para distribuir binóculos ao povo!! E amanhã ninguém trabalha depois de almoço... lá vai o PIB em implosão interna bruta!! Mas também não podemos ser mauzinhos!! Quer dizer, no estrangeiro também têm rebentado torres aos pares, estações de combóios, metropolitanos..mas esses foram todos para fora e não houve binóculo! Embora aí os binóculos fossem de maior utilidade, para caçar o rabo à raposa explosiva, de preferência antes da própria rebentar. Agora aqui neste rectângulo dourado tudo é mais civilizado! A coisa é anunciada, é provida de evacuação, as notícias de primeira linha fazem agulha para baixo do painel para dar lugar à rebentação da onda troiana, e acima de tudo explode para dentro! Educação acima de tudo!!

O melhor é aproveitarmos este pequeno fait-divers como aperitivo de eleições autárquicas!! Estou tão excitada!! Este ano vai ser só rambóia até ao fim!! E o povo a ver o país a implodir...pelo canudo!!!

Acenos da Varanda Central

Viscondessa da Porcalhota